Integralismo

O integralismo foi um partido e movimento político surgido no Brasil na década de 1930. Teve como representantes Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Miguel Reale, etc.

O Integralismo foi um Movimento de Reconstrução Social, político e econômico, cultural e doutrinário. Seu caráter é nacionalista, opondo-se, portanto, a todos os regimes totalitários.

História

No começo de 1932, Plínio Salgado iniciou à articulação de diversos grupos nacionalistas fundando, no mês de Fevereiro, a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), reunindo intelectuais de pensamento nacionalista. O sucesso dessa iniciativa levou à criação, em Outubro daquele ano, da Ação Integralista Brasileira (A.I.B.).

O Manifesto Integralista lançado em 07 de Outubro de 1932, resume o ideário básico da nova organização: Espiritualismo, justiça social, nacionalismo, democracia, corporativismo, combate ao liberalismo (político e econômico) e rejeição ao socialismo.

A A.I.B. apresentava uma estrutura hierarquizada, cabendo ao próprio Plínio Salgado, como Chefe Nacional, a liderança.

A Ação Integralista Brasileira criou uma série de exterioridades, dotando o Movimento de uma Mística profunda e de uma unidade inquebrantável: O Sigma, letra grega, que simboliza o somatório de todos os valores nacionais; a Saudação Anauê, palavra Tupi, que significa “Tu és meu Irmão!”; o uniforme, a Camisa-Verde; os diversos Rituais, como as Matinas de Abril, a Noite dos Tambores Silenciosos, e diversos outros; os Desfiles, etc. O lema “Deus, Pátria e Família” sintetiza perfeitamente o conteúdo doutrinário do Integralismo.

O Integralismo buscava a formação de um novo homem, comprometido com Deus, com a Pátria e com a Família. Mesmo cerimônias religiosas, como casamento, enterro e batizado, seguiam as normas ritualísticas da AIB — no casamento, apenas a noiva dispensava o uniforme (camisa verde).

Nos anos que se seguiram à sua fundação, a A.I.B. teve rápido crescimento. Em abril de 1933 realizou seu primeiro desfile público em São Paulo e em fevereiro do ano seguinte reuniu seu I Congresso Nacional, em Vitória (ES).

Plínio Salgado era auxiliado por um Conselho Nacional, com funções consultivas, e por departamentos nacionais. A Milícia Integralista foi extinta por Plínio Salgado em 1935. A A.I.B. possuía uma importante estrutura de imprensa, composta por diversos jornais e revistas, um órgão oficial, o “Monitor Integralista”. O principal periódico Integralista era “A Offensiva”, o maior jornal diário do Brasil e o primeiro a circular em todo o território nacional.

A A.I.B. foi o primeiro partido político organizado nacionalmente no Brasil Republicano. O número de adesões foi imenso. Em 1937, contava com mais de um milhão e meio de filiados.

Em 12 de Junho de 1937, a A.I.B. lançou Plínio Salgado como candidato à eleição presidencial prevista para Janeiro de 1938. A eleição, contudo, não se realizou em virtude da revolução do Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937. Em Dezembro de 1937, Getúlio Vargas decretou o fechamento de todos os Partidos Políticos, e entre eles encontrava-se a AIB.

Em maio de 1938, os Integralistas, unidos as demais forças democráticas do País, tentaram derrubar o governo (vale ressaltar que os mesmos apoiaram o Getúlio) mas a Revolução fracassou. Plínio Salgado foi exilado em Portugal.

Atualmente, a organização dos novos integralistas se dá nacionalmente através da internet e a independência de alguns novos integralistas é disputada por grupos internos, que defendem para si a "posse da verdade doutrinária". Em dezembro de 2019, uma série de reportagens relataram as reorganizações dos grupos neointegralistas no bolsonarismo, notoriamente após um ataque realizado ao Porta dos Fundos por um grupo autodeclarado integralista. Também filiaram-se no PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), comandado pelo delator do mensalão, Roberto Jefferson. 


Fonte: Integralismo.org.

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